Panorama internacional

Facilitando ataque a Sevastopol, EUA escalam conflito na Ucrânia para novo nível, avisa especialista

Um drone RQ-4 Global Hawk dos EUA estava no espaço aéreo sobre o mar Negro a sudeste da Crimeia no momento do ataque das forças ucranianas à cidade de Sevastopol com mísseis ATACMS dotados de munições de fragmentação.
Sputnik
O envolvimento de Washington no ataque de mísseis ucranianos a Sevastopol é inegável, dado que foi efetuado com mísseis ATACMS fabricados nos EUA, programados por especialistas norte-americanos, enquanto um drone de reconhecimento RQ-4 Global Hawk estava operando perto da Crimeia naquele dia, disse ontem (24), a chancelaria russa.
"Os EUA são muito cúmplices nisso", disse à Sputnik Earl Rasmussen, tenente-coronel aposentado do Exército dos EUA e consultor de assuntos internacionais, comentando o ataque de mísseis da Ucrânia. "Havia também munições de fragmentação. Normalmente, para a maioria dos países, isso não é admissível."
O especialista disse que era "altamente provável que o Global Hawk estivesse fornecendo reconhecimento, informações de direcionamento e potencialmente informações de orientação para os próprios ATACMS".

"Os ATACMS […] precisam essencialmente se coordenar com algo. Assim, tipicamente, muitas vezes as informações de drones ou satélites são usadas para ajudar a guiar o míssil até o alvo", explicou Rasmussen. "O ATACMS é pré-programado até certo grau. Mas, para garantir que ele chegue ao seu destino, há certamente comunicação de algum tipo com um sistema de drone aéreo."

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O especialista presume que Washington tentará desvalorizar o recente massacre de civis em Sevastopol como "dano colateral", mas o problema continua sendo que os EUA não apenas fornecem à Ucrânia armamento de longo alcance, mas estão "realmente facilitando o seu uso."
"Os EUA elevaram o conflito na Ucrânia a um novo patamar ao facilitar o ataque terrorista a Sevastopol", disse Rasmussen. "E o papel que estão desempenhando não é apenas autorizar o uso de [armas] de longo alcance, mas na prática facilitar a execução desses esforços de longo alcance na Rússia", advertindo que o ataque "arrasta os EUA muito, muito diretamente para a guerra".
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