Os contornos do acordo foram discutidos entre ministros e altos funcionários dos três países, de acordo com cinco pessoas informadas sobre as negociações, ouvidas pelo jornal. Embora não esteja finalizada, a ação provavelmente envolveria primeiro o envio dos sistemas de Israel aos EUA, para só então haver o encaminhamento para a Ucrânia, diz o FT.
Em abril, Tel Aviv informou que começaria a aposentar suas oito unidades dos Patriot, que datam de mais de 30 anos, e substituí-las por sistemas mais avançados.
No entanto os sistemas, que têm sido usados na atual guerra com o Hamas na Faixa de Gaza, ainda não foram dispensados devido a preocupações de que as tensões com o Hezbollah no Líbano possam se transformar em um conflito ampliado.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, falou sobre o assunto pelo menos duas vezes com Andrei Yermak, chefe de gabinete de Vladimir Zelensky, disseram fontes.
"A Ucrânia continua a trabalhar com vários países ao redor do mundo para obter sistemas Patriot adicionais. Pedimos mais uma vez a todos os países que possuem tais sistemas que os forneçam à Ucrânia", disse Dmitry Kuleba, chanceler ucraniano, em resposta ao Financial Times, embora não tenha confirmado as negociações.
Os envios dos sistemas marcariam uma mudança nas relações de Israel com a Rússia, ressalta a mídia, uma vez que Tel Aviv tem tido cautela ao tomar partido no conflito ucraniano, dada a influência que Moscou detém na Síria, onde a Força Aérea israelense atua frequentemente contra representantes iranianos.
Ao mesmo tempo, Israel tem um acordo com a Rússia que permite que caças israelenses acessem o espaço aéreo sírio.
Anteriormente, o governo de Israel negou pedidos ucranianos e norte-americanos por sistemas de defesa aérea.
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