Osama Hamdan, membro do politburo do Hamas, descreveu o cais flutuante que os EUA construíram na costa da Faixa de Gaza como "um golpe político".
"O porto flutuante que a administração americana estabeleceu na costa de Gaza nada mais foi do que propaganda e espetáculo político para salvar a face desse governo", disse Hamdan durante um discurso transmitido pelos canais de televisão árabes.
O membro do politburo do Hamas acrescentou que esse cais não resolveu o problema da escassez de alimentos em Gaza.
Anteriormente, o New York Times citou fontes que afirmaram que o governo do presidente Joe Biden estava desiludido com a utilização do cais flutuante para o envio de ajuda humanitária a Gaza, uma vez que o projeto não conseguiu atingir objetivos ainda modestos.
Mais tarde, um representante do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na silga em inglês) em Gaza, Georgios Petropoulos, expressou que a operação dos EUA para criar um cais flutuante para ajuda humanitária no enclave não teve sucesso.
Em meio à deterioração da situação humanitária, o presidente Biden anunciou em março a criação de um sistema para garantir a entrega marítima de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Segundo informações da NBC, citando fontes próximas aos governos dos EUA e de Israel, os militares norte-americanos suspenderam a entrega marítima de ajuda humanitária a Gaza devido a danos no cais flutuante ocorridos durante uma tempestade.
Durante a tempestade, quatro pequenos barcos militares dos EUA foram destacados do cais, resultando em dois desembarques em Gaza e dois em Israel. Antes disso, três militares norte-americanos que trabalhavam no cais ficaram feridos, um dos quais está em estado de saúde considerado grave.