"A maior comoção depois do debate Trump-Biden não está agora nos Estados Unidos, mas na Ucrânia, no gabinete do presidente Zelensky", disse o parlamentar.
Na visão de Dubinsky, Kiev agora deve se preocupar com a questão do "que fazer a seguir".
"Avaliando a possibilidade de vitória de Trump, Zelensky (e se ele não entende então Yermak (Andrei Yermak, chefe do gabinete presidencial) deve entender que precisa acabar com o conflito antes das eleições nos Estados Unidos."
"Porque depois dela, ele [Zelensky] poderá se tornar um problema para a implementação dos planos do novo presidente", cravou Dubkinsky.
Ao mesmo tempo, diz o deputado, Zelensky também pode se tornar um problema para Biden caso este consiga ser reeleito.
"Você pode se apoiar infinitamente nas 'fronteiras de 91' [retorno às fronteiras ucranianas de 1991, exigência de Zelensky para um tratado de paz no conflito], mas é óbvio para todos que sem o apoio dos Estados Unidos (e mesmo a atuação administração não apoia mais), e dada a heterogeneidade da União Europeia, esse descanso será rapidamente encerrado", concluiu.
A mídia americana concorda que Biden teve um desempenho ruim no primeiro debate com seu antecessor Donald Trump, que aconteceu na noite de quinta-feira (27) em Atlanta.
O atual presidente americano gaguejou e nem sempre formulou claramente os seus pensamentos, e após o evento, uma câmara de televisão captou o momento em que a sua esposa Jill ajudou Biden a descer as escadas. Agora, políticos e jornalistas falam sobre os democratas abandonarem Biden como candidato ao cargo e substituí-lo por outro candidato.
No início de junho, Zelensky disse que Trump se tornaria um "presidente perdedor" se, caso vencesse as eleições, concordasse em pôr fim ao conflito às custas da Ucrânia.