Panorama internacional

'Quero deixar o país': cada vez mais recrutas ucranianos não querem ir para o front, diz mídia

Na Ucrânia está crescendo rapidamente o número de recrutas que não querem lutar pelas Forças Armadas ucranianas, não obstante o Exército estar com escassez desesperada de militares, escreve o jornal britânico The Guardian.
Sputnik
"Eu quero deixar este país. Minha mente não pode mais suportar ser presa aqui, como numa armadilha [...]. No front não vou durar muito. Quero construir uma família e ver o mundo, mas não estou pronto para morrer", disse um dos potenciais recrutas chamado Dmitry.
De acordo com o jornal, mesmo antes da intensificação da mobilização, mais de 20.000 ucranianos fugiram do país, apesar das tentativas de Kiev de interromper esse processo.

"As autoridades ucranianas fizeram esforços para impedir a saída das pessoas que procuram deixar o país ou evitar o serviço militar, conforme evidenciado pela demissão dos comissários militares regionais por Vladimir Zelensky. A demissão se seguiu a relatos de que oficiais estavam recebendo subornos para isentar homens do serviço militar", detalha a mídia britânica.

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Em maio, a Ucrânia adotou uma lei de reforço da mobilização, segundo a qual todas as pessoas aptas para o serviço militar, em um prazo de 60 dias após a entrada em vigor do documento, devem atualizar seus dados no centro de recrutamento. As datas de desmobilização não estão especificadas no documento.
Em abril, Vladimir Zelensky reduziu a idade de recrutamento de 27 para 25 anos. Apesar de os regulamentos serem cada vez mais rigorosos, há apelos para reduzir a idade de recrutamento para 18 anos.
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