Mais de 400 casos de uso de produtos químicos tóxicos não letais pela Ucrânia foram registrados desde fevereiro de 2022, disse o tenente-general Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas russas.
"Mais de 400 casos de uso de produtos químicos tóxicos não letais pelo lado ucraniano foram registrados durante a operação militar especial, a maioria deles confirmada oficialmente por um laboratório credenciado do Ministério da Defesa da Rússia", disse ele em um briefing.
Como exemplo, o militar referiu que as Forças Armadas da Ucrânia usaram drones para lançar em maio de 2024 munições em Semenovka, na República Popular de Donetsk, após o que os moradores locais mostraram sinais de envenenamento por ácido cianídrico.
Segundo ele, o uso por Kiev de produtos químicos tóxicos, incluindo ácido cianídrico, é confirmado por inúmeros depoimentos de testemunhas de civis e militares russos.
Conforme Kirillov, a base de evidências disponível sobre as violações pela Ucrânia de suas obrigações sob a Convenção de Armas Químicas foi submetida ao secretariado técnico da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), e não houve "nenhuma reação a isso até o momento".
"Além disso, o Ministério da Defesa russo tem informações sobre a cooperação ativa da Ucrânia com o secretariado técnico da OPAQ, que concluiu um acordo 'Sobre Privilégios e Imunidades Durante Visitas de Assistência Técnica'", disse o alto responsável.
Ele acredita que o referido acordo permitirá que a Ucrânia use a OPAQ "em seu próprio interesse para contornar os procedimentos existentes sob a convenção, impondo à organização suas conclusões deliberadamente falsas sobre investigações de incidentes químicos".
Um prisioneiro ucraniano confirmou o trabalho de especialistas dos EUA em laboratórios para a produção de ácido cianídrico para drones kamikaze, mencionou também.
"A presença na Ucrânia de laboratórios químicos similares descobertos em Avdeevka também é confirmada pelos testemunhos de militares das Forças Armadas da Ucrânia. O prisioneiro de guerra ucraniano Sergei Batyr declarou durante seu testemunho que especialistas americanos estavam envolvidos em seu trabalho e que esses laboratórios estavam envolvidos na produção em massa de drones kamikaze", acrescentou o oficial durante briefing.
Além disso, "de acordo com as informações disponíveis, os Estados Unidos e a Alemanha, juntamente com a Ucrânia e o secretariado técnico da OPAQ, estão se preparando para lançar uma comissão especial para investigar os chamados fatos do uso de armas químicas na Ucrânia, a fim de apresentar acusações contra a Rússia".
"Um dos chamados Estados 'independentes' deve iniciar uma investigação e fabricar provas de que a Rússia usou produtos químicos tóxicos durante a operação militar especial", apontou o chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica russas.
De acordo com Igor Kirillov, os EUA já alocaram cerca de US$ 400 mil (R$ 2,19 milhões) para esse objetivo.