Panorama internacional

Espanha comprou mais de US$ 1 bilhão em armas de Israel desde outubro de 2023

Mísseis Spike de fabricação israelense
A Espanha fechou contratos com empresas israelenses e suas subsidiárias no valor de 1,03 bilhão de euros (R$ 6,04 bilhões) em armas desde o início da escalada do conflito entre Israel e a Palestina no dia 7 de outubro do ano passado, revelou o Centro Dèlas de Estudos para a Paz em uma pesquisa publicada nesta terça-feira (9).
Sputnik
Em abril, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, garantiu que Madri não tinha concluído uma única operação de compra ou venda de armas com Israel desde outubro de 2023.
Apesar disso, a Espanha contratou companhias israelenses para fornecer armas como o sistema de mísseis de alta mobilidade (SILAM) por 576,4 milhões de euros (R$ 3,37 bilhões), 168 lançadores Spike por 237,5 milhões de euros (R$ 1,39 bilhão) e designadores de alvos para sistemas de combate aéreo por 207,4 milhões de euros (R$ 1,21 bilhão), concluiu a investigação.
"Uma parte importante do equipamento de defesa com patente israelense é fabricada na Espanha por subsidiárias de empresas israelenses ou outras empresas que produzem através de acordos de transferência de tecnologia de empresas israelenses. A Espanha continuou a atribuir contratos a empresas militares israelenses e suas subsidiárias na Espanha, ou a outras companhias espanholas que produzem produtos israelenses sob acordo de transferência de tecnologia", explicou o Dèlas.
Da cidade de Metula, no norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, observa-se pessoas hastearem bandeiras do Hezbollah, do Líbano e da Palestina durante manifestação em solidariedade aos palestinos nos arredores da aldeia de Kfarkila, no sul do Líbano (foto de arquivo)
Panorama internacional
Israel declara como 'terra estatal' maior porção de território palestino em 30 anos
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque com foguetes em grande escala contra Israel e rompeu a fronteira, atacando bairros civis e bases militares. Cerca de 1,1 mil pessoas em Israel foram mortas e aproximadamente 240 sequestradas.
Em retaliação, Israel lançou ataques, ordenou o bloqueio total de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino, com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Acredita-se que cerca de 120 reféns ainda estão detidos pelo Hamas em Gaza, enquanto 43 reféns morreram no cativeiro.
Por outro lado, mais de 38,2 mil pessoas foram mortas e mais de 88 mil ficaram feridas na Faixa de Gaza como resultado das operações militares de Israel, disseram as autoridades de Gaza.
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