"Conversamos muito com representantes da Rússia sobre a transferência de tecnologias e a possibilidade de avançar nesse aspecto na província de Buenos Aires, que eu represento [no Parlamento]", declarou.
Embora tenha citado a insulina como exemplo, o parlamentar observou que a parceria entre russos e argentinos também pode ser aplicada para outros medicamentos.
"No momento, por exemplo, estamos pagando preços elevados por insulina todos os dias. Visitamos fábricas na Rússia e descobrimos que seu nível de produção está em perfeita conformidade com as exigências da nossa regulamentação", acrescentou.
Setor privado defende aproximação com Moscou
Em junho, o presidente do Conselho Empresarial Argentina-Rússia, Poli Cousiño, chegou a defender que apesar de o atual presidente do país ser pró-ocidental, "não significa que o setor privado" tenha se desinteressado em manter relações bilaterais com Moscou.
"Nosso atual presidente [Javier Milei], que foi eleito com total legitimidade, tem um alinhamento inegável com o Ocidente, mas isso não significa que o setor privado não possa tomar e não possa ter independência do Executivo. Temos total liberdade para trabalhar no setor privado e assinar acordos privados com todos os países do mundo. A Rússia é um deles, porque o comércio com a Rússia é muito interessante para a Argentina", afirmou Cousiño.
"O interesse permanece intacto, há 140 anos de amizade entre os dois países", reiterou durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês).