A administração de Joe Biden nos EUA autorizou um carregamento de bombas de 226 kg para Israel, após uma pausa de mais de dois meses, escreve na quarta-feira (10) a emissora norte-americana CNN.
A decisão inicial de suspender uma remessa de bombas de 907 kg e 226 kg deveu-se à preocupação dos EUA com o fato de Israel usar as bombas mais potentes em sua operação em Rafah.
Segundo disse o presidente Biden durante entrevista à CNN em maio, "foram mortos civis em Gaza em consequência dessas bombas e de outras formas pelas quais eles atacam centros populacionais", em referência às bombas de 907 kg, dias depois que a pausa entrou em vigor.
"Devido à forma como essas remessas são montadas, outras munições podem, às vezes, ser misturadas. Foi o que aconteceu aqui com as bombas de 500 libras [226 kg], já que nossa principal preocupação era e continua sendo o uso potencial de bombas de 2.000 libras [907 kg] em Rafah e em outros lugares de Gaza", disse o funcionário à emissora.
"Como nossa preocupação não era com as bombas menos potentes, elas estão avançando como parte do processo normal", acrescentou.
O jornal norte-americano The Wall Street Journal foi o primeiro a noticiar que a remessa de bombas de 226 kg estava sendo liberada, enquanto as mais potentes permanecem em espera.