Austin enfatizou a importância de manter a comunicação e reforçou que os EUA não permitirão que Kiev utilize mísseis ATACMS para atacar Moscou, "porém depende". É o que afirma um comunicado do Pentágono. Esta já é a segunda ligação entre os chefes de Defesa só neste mês.
"Esta manhã, o secretário Austin também falou por telefone com o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov. Durante a ligação, o secretário enfatizou a importância de manter as linhas de comunicação em meio à guerra em andamento da Rússia contra a Ucrânia", disse a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, durante uma coletiva de imprensa.
Diferentemente da última ligação, "foi o lado russo quem fez o telefonema de hoje", acrescentou Singh.
Mísseis ATACMS
Ratificando o que foi dito ontem (11) pelo conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, o Pentágono pontuou nesta sexta que os Estados Unidos não deram sinal verde ao uso de mísseis ATACMS para ataques em profundidade no território russo.
"Os EUA não permitem que a Ucrânia utilize mísseis ATACMS para ataques nos territórios russos, mas reservam-se o direito de mudar a sua posição", reafirmou.
Em junho, uma apuração da Associated Press (AP) afirmou que "as autoridades ucranianas estão pressionando os aliados americanos para atingir alvos específicos de grande importância dentro da Rússia usando ATACMS", mas que Kiev reconhecia que apenas "condições desesperadas no campo de batalha" poderiam forçar o lado norte-americano a suspender a restrição.
No final de maio, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os representantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) devem compreender "com o que estão brincando" ao discutir planos para permitir que Kiev atinja "alvos legítimos" na profundidade do território russo com sistemas de mísseis transferidos para as Forças Armadas ucranianas pelo Ocidente.
O Kremlin tem afirmado que os Estados-membros da OTAN estão deliberadamente aumentando as tensões, provocando a Ucrânia a continuar um conflito sem sentido.