"Assim que os ucranianos entrarem no espaço aéreo controlado pela Rússia, o valor do F-16 diminuirá imediatamente, assim como suas chances de sobrevivência. [...] No conflito com uma grande potência […] o F-16 permaneceria no banco de reservas", disse Kass.
Segundo o colunista, o principal problema do F-16 é a visibilidade muito alta para os dispositivos de detecção. O caça foi desenvolvido durante a Guerra Fria e não foi projetado para combater equipamentos modernos. Um avião tão detectável simplesmente não sobreviverá em uma batalha contra um Exército tecnológico, observou o jornalista.
Ele alertou Kiev que o bom desempenho do F-16 no Iraque e no Afeganistão não diz nada sobre as capacidades da aeronave contra um Exército russo recheado de defesa antiaérea. "O F-16 não se tornará uma solução mágica para Zelensky", concluiu o observador.
Os Países Baixos e a Dinamarca foram os primeiros a concordar em fornecer os F-16 à Ucrânia, enquanto a Casa Branca confirmou o envio das aeronaves assim que for finalizada a formação dos pilotos. A ministra da Defesa holandesa, Kajsa Ollongren, havia comunicado anteriormente que o país forneceria os primeiros F-16 em 2024.
No início de maio, a Rússia afirmou que vai considerar os caças táticos F-16 portadores de armas nucleares, independentemente de sua modificação, e o fornecimento à Ucrânia pelos EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) são "uma provocação".