Durante a conversa, Lula afirmou que "nós precisamos aprender a conviver democraticamente na diversidade", enfatizando que o respeito mútuo é essencial, mesmo em meio a opiniões divergentes.
Lula criticou a prevalência de fake news e a falta de argumentos sólidos nos debates políticos atuais, observando que "o argumento vale muito pouco. O que vale hoje é mentira. O que vale hoje é fake news".
Ele expressou preocupação com a crescente intolerância e violência na sociedade, não apenas em relação a figuras públicas como o ex-presidente Donald Trump, mas também em níveis locais, mencionando a violência contra prefeitos e vereadores em pequenas cidades.
O presidente destacou a importância de lidar com a pobreza e a fome como forma de combater a migração forçada e a violência, citando sua própria experiência familiar como exemplo de migração em busca de sobrevivência.
"A migração é resultado da pobreza que permitiu que alguns países ficassem durante séculos. Se houvesse investimento nesses países, certamente ninguém queria viajar para ir para outro país", afirmou Lula.
Em relação ao recente incidente envolvendo Trump, Lula acredita que o impacto político dependerá de como o ex-presidente explorará a situação. Ele sugere que Trump pode tentar sensibilizar uma parte da sociedade com o ocorrido, mas destaca que "cada democrata vai encontrar um jeito de não permitir que isso seja a razão pela qual ele possa ter voto".
Lula concluiu a entrevista reafirmando seu compromisso com a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza global, iniciativas que ele está promovendo no G20. "Nós temos que fazer com que as pessoas tenham acesso ao bem básico de sua sobrevivência. Se a gente fizer isso, não precisa ter violência", finalizou o presidente.