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Brasil contorna sanções dos EUA e bate recorde no comércio com Oriente Médio, incluindo Irã

De acordo com dados da Apex Brasil, o comércio brasileiro com o Oriente Médio bateu recorde no primeiro semestre de 2024. Mesmo com as duras sanções aplicadas por Estados Unidos e Europa, os principais destinos para produtos brasileiros foram Emirados Árabes Unidos (EAU), Arábia Saudita e Irã.
Sputnik
O valor total exportado pelas empresas brasileiras nos seis primeiros meses do ano foi de US$ 8,8 bilhões (R$ 48,81 bilhões), 25,8% maior que o montante vendido pelo Brasil em 2023 inteiro.
De acordo com o levantamento, citado pela coluna de Jamil Chade no UOL, as vendas de açúcares e melaços para a região cresceram 91,2% quando comparadas ao primeiro semestre do ano passado. Esses foram os principais itens exportados, correspondendo a quase 20% da pauta comercial.
Outros produtos com crescimento expressivo foram café não torrado, carnes bovina e de aves, bagaços e outros resíduos sólidos, da extração do óleo de soja.
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Ainda segundo o levantamento, o mercado dos Emirados, com aumento nas vendas de 73,9%, foi o principal destino das exportações brasileiras para o Oriente Médio no primeiro semestre. Apenas nos seis primeiros meses do ano, as exportações chegaram a US$ 2,5 bilhões (R$ 13,87 bilhões).
A relação comercial e política entre os países do BRICS, como o Irã, tem gerado debates no governo norte-americano, ressalta o colunista.
Em junho e no começo de julho, a administração Biden ampliou as sanções e passou a incluir empresas dos EAU que fazem a triangulação e transporte de comércio de petróleo do restante do mundo com os iranianos.
Uma característica que merece destaque na relação comercial entre Brasília e Abu Dhabi é a importante participação dos produtos brasileiros no mercado total dos Emirados em três principais segmentos da exportação.
No setor de carnes de aves, o Brasil representa 78% do comércio, 51% em açúcares e melaços e 31% em carne bovina. Em todos esses itens, o Brasil é o principal fornecedor do país.
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Por fim, o levantamento aponta que no primeiro semestre do ano, o Brasil vendeu US$ 51 bilhões (R$ 283 bilhões) para os chineses, contra apenas US$ 19,2 bilhões (R$ 106,2 bilhões) para o mercado norte-americano e US$ 29 bilhões (R$ 160 bilhões) para os europeus.
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