A declaração foi dada a jornalistas nesta terça-feira (23), após a abertura do painel "Combate às desigualdades e erradicação da pobreza, da fome e da desnutrição", evento paralelo à Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20.
"A única forma de diminuir a desigualdade social num país tão rico, e que tem um orçamento considerável, onde há outros lugares pra cortar, é garantir sempre que o salário mínimo cresça um pouquinho acima da inflação", afirmou a ministra.
Tebet disse, ainda, que já está garantido até o final do governo Lula que a política de reajuste do salário mínimo será definida pela soma da inflação mais produto interno bruto (PIB). "Isso já está precificado", confirmou a ministra.
A ministra também comentou sobre os programas sociais e afirmou que o problema para o equilíbrio das contas "não é o pobre no orçamento, mas os privilégios dos ricos que devem ser checados ponto a ponto", referindo que a atenção deve ser dada ao crescimento dos gastos tributários.
"Estamos falando de renúncias na ordem de R$ 615 bilhões. Vamos lembrar que o Bolsa Família, por exemplo, é algo em torno de R$ 160 bilhões. Então quando a gente coloca nesse parâmetro, o problema do orçamento brasileiro não está no Bolsa Família, nos programas sociais bem aplicados."
Em relação ao orçamento federal de 2025, Tebet informou que a equipe econômica do governo vai detalhar o planejamento na semana que vem, trazendo inclusive detalhes do corte de R$ 25 bilhões em despesas que deve constar no documento final, que segue para votação no Congresso.
"Dentro desses R$ 25 bilhões temos políticas públicas importantes que não serão descontinuadas. Nós ainda estamos atacando a eficiência desse gasto", adiantou.