O comissário de Comércio da UE, Valdis Dombrovskis, disse ao Financial Times (FT) que Bruxelas precisaria de mais tempo para reunir provas e avaliar a situação jurídica que envolve a disputa. Onze dos países da UE que participaram de uma reunião de responsáveis comerciais na quarta-feira (24) apoiaram a sua posição e nenhum ficou ao lado de Budapeste e Bratislava, segundo diplomatas disseram à apuração.
O ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, disse na segunda-feira (22) que a Hungria e a Eslováquia pediram para a Comissão Europeia iniciar consultas com a Ucrânia depois de o país ter interrompido o trânsito de petróleo através do oleoduto Druzhba. Szijjarto também disse que a Hungria não aprovaria a atribuição de € 6,5 bilhões (cerca de R$ 39,9 bilhões) para armas enviadas à Ucrânia através do Mecanismo Europeu para a Paz até que a questão fosse resolvida.
O acordo comercial da Ucrânia contém alegadamente uma cláusula que prevê a possibilidade de suspensão do trânsito de petróleo. Um diplomata da EU, citado pela apuração, afirmou que a interrupção no fornecimento de petróleo russo teria um "enorme impacto" na nação da Europa Central.
Na semana passada, Szijjarto disse que a Ucrânia interrompeu o trânsito do petróleo da empresa petrolífera russa Lukoil. O Ministério da Economia eslovaco confirmou que o país já não recebia petróleo da gigante petrolífera russa, que foi sancionada pela Ucrânia. A refinaria Slovnaft da Eslováquia importa petróleo russo de outro fornecedor, mas o país está discutindo a situação atual com a Ucrânia.