O candidato à presidência dos EUA Donald Trump condenou o ataque aéreo contra as Colinas de Golã que deixou 12 mortos neste sábado (27), entre crianças e adolescentes. Inicialmente foram reportadas 11 vítimas fatais, mas o número foi revisado para 12 posteriormente.
Trump classificou o bombardeio como "terrível", disse que os Estados Unidos devem recuperar o respeito no mundo e evitar novos ataques a Israel.
"Você provavelmente já ouviu falar que Israel sofreu um ataque terrível. Coisas como essa não deveriam acontecer. Aparentemente o Hezbollah está por trás disso. Eles não deveriam ter permissão para fazer isso, eles deveriam nos respeitar. Precisamos recuperar nosso respeito, isso não deveria acontecer no mundo", disse Trump, falando na conferência anual Bitcoin 2024 em Nashville, Tennessee, EUA.
Apontado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e por Trump como autor do ataque, o grupo libanês Hezbollah nega ter realizado o bombardeio.
"Negamos envolvimento em qualquer ataque a Golã, na Síria ocupada, e não temos nada a ver com qualquer bombardeio na cidade de Majdal Shams", disse uma fonte do grupo à Sputnik.
Apesar disso, as autoridades israelenses começaram a declarar que a guerra com o Hezbollah e o Líbano era iminente.
O ataque acendeu o alerta em autoridades dos EUA, segundo noticiou o portal de notícias norte-americano Axios, citando como fontes membros do governo dos EUA.
"O que aconteceu hoje pode ser o gatilho com o qual estávamos preocupados e tentamos evitar por dez meses", disse uma autoridade à publicação.
Segundo o portal, as autoridades norte-americanas temem que, sem um cessar-fogo na Faixa de Gaza, uma guerra entre Israel e o Hezbollah se torne cada vez mais provável, o que poderia arrastar os EUA ainda mais para o conflito regional.