A polícia iraquiana e fontes médicas disseram que o ataque dentro de uma base ao sul de Bagdá usada pelas Forças de Mobilização Popular do Iraque (PMF, na sigla em inglês) matou quatro membros do grupo e feriu outros quatro, relata a Reuters.
Em comunicado após as explosões, as PMF não fizeram nenhuma acusação sobre quem foi o responsável.
Autoridades norte-americanas, falando sob condição de anonimato, disseram que os Estados Unidos realizaram um ataque aéreo em Musayib, localizado na província de Babil, mas não forneceram mais detalhes do local, diz a mídia.
As fontes acrescentaram que o ataque teve como alvo militantes que os EUA consideraram que estavam tentando lançar drones e representavam uma ameaça às forças estadunidenses e da coalizão.
Vários foguetes foram lançados em direção à base aérea iraquiana de Ain al-Asad, que abriga forças lideradas pelos EUA, na semana passada, disseram fontes norte-americanas e iraquianas, sem danos ou vítimas relatadas. Autoridades dos EUA disseram que nenhum dos foguetes atingiu a base.
A ação de terça-feira (30) foi o primeiro ataque conhecido dos EUA no Iraque desde fevereiro, quando os militares lançaram ataques aéreos no Iraque e na Síria contra mais de 85 alvos ligados ao Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) e a milícias alinhadas ao Irã.
O Iraque quer que as tropas da coalizão militar liderada pelos EUA comecem a se retirar em setembro e encerrem formalmente o trabalho da coalizão até setembro de 2025, disseram fontes iraquianas, com algumas forças dos EUA provavelmente permanecendo em uma função consultiva recém-negociada.
A questão é altamente politizada, com a maioria das facções políticas iraquianas alinhadas ao Irã tentando mostrar que estão novamente expulsando o antigo ocupante do país, enquanto autoridades americanas querem evitar dar uma vitória ao Irã e a seus aliados.
As forças lideradas pelos EUA invadiram o Iraque em 2003, derrubaram o antigo líder Saddam Hussein e depois se retiraram em 2011, retornando apenas em 2014 para lutar contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em diversos países) à frente de uma coalizão.