Um navio de guerra do Canadá atravessou o estreito de Taiwan, provocando uma reação negativa da China, noticiou nesta quinta-feira (1º) a agência britânica Reuters.
Ottawa chamou a ação, que ocorreu na quarta-feira (31), de compromisso com um Indo-Pacífico aberto, com o Ministério da Defesa do Canadá dizendo que a fragata HMCS Montreal "conduziu recentemente um trânsito rotineiro" pelo estreito. Bill Blair, ministro da Defesa, disse que ação foi uma reafirmação do compromisso do Canadá com um Indo-Pacífico "livre, aberto e inclusivo".
"Conforme descrito em nossa Estratégia do Indo-Pacífico, o Canadá está aumentando a presença da Marinha Real canadense na região do Indo-Pacífico", comentou ele em referência ao plano do Canadá para a região anunciado em 2022.
Li Xi, porta-voz do Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular (ELP) da China, disse que a passagem da fragata canadense havia "assediado e perturbado a situação e minado a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan".
As tropas da China, acrescentou ele, estão em alerta máximo o tempo todo e "prontas para responder a todas as ameaças e provocações".
A China reivindica a soberania sobre Taiwan, que considera um território renegado, e cuja independência nunca reconheceu, o mesmo acontecendo com o estreito de Taiwan. Enquanto isso, Taiwan e Estados Unidos declaram que o estreito de Taiwan é uma hidrovia internacional, com Washington frequentemente destacando navios e aviões na região para travessias justificadas com a ideia da "liberdade de navegação".