Panorama internacional

Kremlin revela detalhes da troca de prisioneiros com países ocidentais

O porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, contou sobre os detalhes das negociações e troca de prisioneiros entre a Rússia e os países ocidentais, acrescentando que alguns aspetos não podem ser revelados.
Sputnik
Peskov afirmou que as conversações sobre a troca de prisioneiros foram conduzidas principalmente entre o Serviço Federal de Segurança da Rússia e a Agência Central de Inteligência dos EUA (FSB e CIA, nas siglas em russo e inglês, respectivamente).
"As negociações sobre essa complexa troca foram conduzidas entre o FSB e a CIA. Essa foi a principal linha pela qual o acordo foi alcançado. [...] Toda a cozinha interna dessas negociações, é claro, não pode ser pública", esclareceu o porta-voz do Kremlin.
Ele garantiu que as agências relevantes vão continuar trabalhando para o regresso à Rússia de seus cidadãos detidos no exterior.
"É claro que o destino de todos nossos cidadãos que estão presos no exterior, nos Estados Unidos, é um assunto de constante preocupação para todas nossas agências relevantes, que continuarão a trabalhar", respondeu Peskov quando perguntado por repórteres sobre novas trocas.
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A postura rígida da Rússia em relação à possibilidade de uma troca produziu resultados e os cidadãos russos voltaram para casa, explicou ele.
Peskov lembrou que, durante a entrevista, o jornalista Tucker Carlson pediu ao presidente russo Vladimir Putin que extraditasse os norte-americanos condenados como um gesto de boa vontade.
"Então Putin lhe respondeu que não pode haver gestos de boa vontade aqui. Quando eles entregarem os nossos [cidadãos], então poderemos conversar sobre isso. Essa é uma posição tão dura que ainda deu resultados, e a nossa gente retornou à sua terra natal graças a essa posição", disse Peskov.
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Ele também explicou por que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, veio pessoalmente até o avião para se encontrar com os cidadãos russos liberados.

"É muito importante. É um tributo às pessoas que servem seu país e que, após provações muito difíceis, tiveram a oportunidade, por meio do trabalho intenso de muitas pessoas, de retornar à sua terra natal."

Perguntado por jornalistas se a troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente é um sinal de que Moscou pode chegar a um compromisso em relação à Ucrânia, Peskov respondeu que o processo de negociação sobre a troca de prisioneiros e a questão ucraniana são áreas diferentes de trabalho com princípios completamente diferentes.
Moscou também agradeceu ao presidente belarusso Aleksandr Lukashenko pela ajuda na construção da complexa cadeia de trocas.
Em 1º de agosto, o Serviço Federal de Segurança da Rússia informou que oito cidadãos russos detidos e que estavam presos em vários países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) regressaram à Rússia.
Por sua vez, vários cidadãos estrangeiros condenados por espionagem e vários russos com dupla cidadania deixaram a Rússia durante a troca.
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