Panorama internacional

S&P rebaixa classificação de crédito da Ucrânia para inadimplência 'seletiva'

A agência de classificação de risco espera que a categoria de crédito ucraniana caia para D após o fim de reestruturação de sua dívida.
Sputnik
A agência de classificação de risco S&P Global cortou na sexta-feira (2) a classificação de crédito da Ucrânia para inadimplência "seletiva".
A S&P disse que, embora o pagamento de US$ 34 milhões (R$ 194,76 milhões) ainda esteja em seu "período de carência", havia pouca chance de ser feito, pois o chefe do Executivo ucraniano Vladimir Zelensky assinou uma lei que permite que os pagamentos da dívida sejam interrompidos enquanto o país conclui sua reestruturação.
"Não esperamos que o pagamento seja feito dentro do período de carência contratual do título, que é de dez dias úteis", disse a agência, acrescentando que os títulos do país cairiam para a categoria D por inadimplência em grande escala assim que a reestruturação fosse realizada.
No entanto, ela não espera que tal dure muito tempo.
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"Quando a reestruturação da dívida comercial em moeda estrangeira entrar em vigor, poderemos considerar a inadimplência como sanada e elevar o rating", disse a S&P.
"Tendemos a classificar a maioria das soberanas que saem da inadimplência nas categorias CCC ou B, dependendo dos fatores de crédito pós-inadimplência, incluindo os novos termos da dívida do governo."
A reestruturação afetará apenas os títulos internacionais ucranianos, que representam pouco menos de US$ 22 bilhões (R$ 126,02 bilhões) dos mais de US$ 140 bilhões (R$ 801,95 bilhões).
Assim, o rebaixamento da S&P não incluiu o rating CCC+ da dívida em "moeda local" da Ucrânia, em grívnias, em oposição aos títulos denominados em dólar. Ela é detida principalmente pelo Banco Central da Ucrânia e por seus bancos domésticos, metade dos quais é de propriedade do Estado.
A inadimplência dessas obrigações "ampliaria a angústia do setor bancário", alertou a S&P, aumentando a probabilidade de que o governo tenha que injetar dinheiro nos bancos, "limitando, assim, os benefícios do alívio da dívida".
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