"Pelo menos 93 pessoas, incluindo 14 policiais, morreram e mais de mil ficaram feridas, muitas delas por bala, em uma nova onda de violência que assola Bangladesh", diz o veículo.
O jornal acrescenta que a expectativa é de um aumento na quantidade de mortos à medida que mais pessoas feridas por bala chegam aos hospitais.
O governo de Bangladesh impôs um toque de recolher em Dhaka e em outras cidades do país até novo aviso. Já na segunda, terça e quarta-feira da semana que começa foram declarados dias de descanso em todo o país, informou o jornal.
Os reguladores governamentais ordenaram aos operadores móveis que limitem o acesso à Internet e a aplicativos, detalhou o veículo. As manifestações estudantis contra o governo da primeira-ministra Sheikh Hasina se reacenderam na última sexta (2).
Os líderes do Movimento Estudantil Antidiscriminatório iniciaram uma campanha de desobediência civil contra o atual governo. A intenção é cessar toda cooperação com o governo: parar de pagar impostos e contas de serviços públicos; interromper o funcionamento de todas as instituições, empresas, portos, centros de ensino, tribunais e transporte público; suspender as remessas do exterior; boicotar reuniões, seminários e eventos governamentais; fechar lojas de artigos de luxo, salas de exposição, hotéis e restaurantes; limitar o trabalho dos bancos a transações urgentes aos domingos, entre outras medidas.
Em julho passado, os protestos contra um controverso sistema de cotas de emprego causaram mais de 200 mortes em Bangladesh.
Os manifestantes exigiam o fim do sistema de cotas, que reservava até 30% dos empregos públicos para familiares de veteranos que lutaram na Guerra de Independência de Bangladesh em 1971.
A oposição argumenta que o sistema de cotas é discriminatório e deseja substituí-lo, ja´que beneficia os apoiadores da primeira-ministra Sheikh Hasina, cujo partido, a Liga Awami de Bangladesh, liderou o movimento separatista em 1971.