As ações do Japão despencaram para seu nível mais baixo em 37 anos, os mercados europeus caíram, enquanto os indicadores financeiros do Oriente Médio baixaram em meio às crescentes tensões Irã-Israel.
A Sputnik entrou em contato com especialistas globais para descobrir se outra crise financeira poderia ocorrer em breve.
"Podemos ver tendências claras, diga-se, de que os riscos sistemáticos no atual sistema financeiro e monetário estão aumentando e um cenário de 2008 pode se repetir a qualquer momento", alertou Claudio Grass, especialista suíço em economia à Sputnik.
"Já estamos testemunhando uma dizimação massiva da classe média, particularmente nos Estados Unidos e na Alemanha nos últimos 18 meses", complementou.
Fabrizio Carmignani, professor de economia na Universidade do Sul de Queensland, na Austrália, destacou que, embora pareça que a situação não pode ser comparada a crises financeiras globais anteriores por enquanto, "há, é claro, um enfraquecimento geral da situação econômica global".
"É muito cedo para dar sinal de que uma recessão está em andamento", ecoou Suranjali Tandon, professor assistente do Instituto Nacional de Finanças Públicas e Políticas da Índia.
"Embora isso possa diminuir a demanda por ações, pode não ser uma crise, a menos que haja uma grande reversão nas ações de empresas baseadas em IA [inteligência artificial]."
O ex-presidente do Banco Central do Chipre, Panicos Demetriades, observou que os mercados despencaram em parte devido aos piores dados econômicos dos Estados Unidos.
"Os players do mercado estão preocupados que os bancos centrais possam, mais uma vez, estar atrasados. Eles estão sendo muito lentos em cortar taxas em meio ao enfraquecimento das condições econômicas e ao aumento das incertezas geopolíticas", disse ele.
Quando perguntado se o mundo está enfrentando uma recessão global, Marc Ostwald, economista-chefe da ADM Investor Services International Limited, respondeu: "Bem, sempre tivemos esse risco permanente de tensões comerciais e, de fato, de tensões geopolíticas, acima de tudo no Oriente Médio e entre a Rússia e a Ucrânia. Mas, no momento, se você apenas olhasse puramente do ciclo econômico nos EUA, não é".