Ciência e sociedade

No mar Báltico, pesquisadores descobrem planta marinha mais antiga do mundo, com 1.400 anos

Ao medir o número de mutações genéticas que ocorrem ao longo do tempo em ervas marinhas — que se reproduzem por clonagem repetidas vezes — os cientistas conseguiram determinar a idade original da planta ancestral com uma precisão inovadora.
Sputnik
Cientistas descobriram a erva marinha mais antiga do mundo usando um novo método para determinar a idade das plantas aquáticas, que a colocou com mais de 1.400 anos, segundo o Yahoo.
O novo método, chamado de "relógio genético", foi aplicado em 20 locais ao redor do mundo, e conseguiu determinar a idade de uma zostera — uma espécie de erva marinha — nas águas costeiras finlandesas do mar Báltico. A planta foi identificada com 1.403 anos, se tornando a erva marinha mais antiga conhecida atualmente.

"Esta é a primeira estimativa realmente confiável da idade do clone. De certa forma, agora temos um relógio que pode determinar a qual semente e, eventualmente, a qual muda uma planta pertence", disse o coautor do estudo, Thorsten Reusch, citado pela mídia.

Reproduzindo-se por meio de flores, sementes e rizomas no sedimento, as populações de ervas marinhas fornecem ambientes marinhos importantes para outros organismos e armazenam dióxido de carbono em caules e raízes.
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A capacidade de determinar a idade das plantas traz informações reveladoras sobre como os ecossistemas funcionam e sobre os processos de envelhecimento no mundo natural, explicou o pesquisador.

"É interessante entender como eles evitam os sintomas do envelhecimento ao longo de milhares de anos. No final das contas, isso pode até nos dar algumas pistas sobre como lidar com o envelhecimento em humanos", acrescentou.

O pesquisador acredita que será possível encontrar "clones com 10.000 anos ou mais".
Mas apesar da idade impressionante e da resiliência demonstrada pela planta antiga, a erva marinha é uma espécie ameaçada no mar Báltico, caracterizado por águas rasas e salobras e cercado por oito países.
"No mar Báltico ocidental, onde trabalho, cerca de 60% das ervas marinhas foram perdidas nos últimos 100 anos", disse Reusch.
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