De acordo com a Reuters, a declaração da campanha republicana veio logo depois que a mídia ocidental relatou ter recebido e-mails em julho de uma fonte anônima oferecendo documentos autênticos da campanha de Trump, incluindo um relatório sobre as "potenciais vulnerabilidades" de seu companheiro de chapa, JD Vance.
"Esses documentos foram obtidos ilegalmente de fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos, com a intenção de interferir na eleição de 2024 e semear o caos em todo o nosso processo democrático", disse o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, em comunicado.
Trump postou em sua rede Truth Social, ainda na noite de ontem, que a Microsoft havia informado sua campanha que "o Irã havia hackeado um de seus sites", e acrescentou que eles "só conseguiram obter informações publicamente disponíveis", sem dar mais detalhes sobre o suposto vazamento.
A missão permanente do Irã nas Nações Unidas em Nova York disse por e-mail que "o governo iraniano não possui nem alimenta qualquer intenção ou motivo para interferir na eleição presidencial dos Estados Unidos".
Por este motivo "[...] não damos crédito a tais matérias", alegando ainda que as capacidades cibernéticas do país eram "defensivas e proporcionais às ameaças que enfrenta" e que não tinha planos de lançar ataques cibernéticos.
Enquanto ocupava a Casa Branca, Trump teve relações tensas com o Irã. Foi durante seu mandato que os Estados Unidos mataram o comandante militar iraniano Qassem Soleimani, em 2020, e se retiraram de um acordo nuclear multilateral com Teerã.