Na manhã desta segunda-feira (12), o Serviço de Informação e Segurança (ISS, na sigla em inglês) da Moldávia ordenou aos provedores de Internet que bloqueassem o site do banco russo do Promsvyazbank, através do qual é prestada assistência financeira a funcionários do setor público e pensionistas da Gagaúzia.
"As ações de Chisinau provam mais uma vez que o presidente Maia Sandu e o partido no poder não têm princípios", disse Yevgenia Gutsul à Sputnik.
"O objetivo deles não é tirar da pobreza os grupos mais vulneráveis da população. Se esse fosse o caso, aumentariam as pensões em vez de indexá-las. E não teriam tentado estrangular o projeto social que está sendo implementado com a ajuda do nosso parceiro na Gagaúzia, Taraclia e Orhei [distritos da Moldávia]."
A chefe da Gagaúzia acrescentou que a administração da região autônoma continuará a lutar pela implementação do projeto social. "Graças a este projeto, enviamos ajuda externa para pagar mais 2 mil lei (R$ 628) a 30 mil pensionistas e funcionários do setor público."
"Este é um exemplo de política social responsável que os membros do partido no poder podem e devem adotar. E não tentar destruir o que foi construído."
Em novembro do ano passado, as autoridades moldavas bloquearam contas para pagamentos sociais em Gagaúzia. Gutsul apelou à presidente da República, Maia Sandu, com um pedido de desbloqueio de US$ 830 mil (R$ 4,5 milhões) destinados ao subsídio de reforma, mas não obteve resposta.
O governo moldavo afirmou que a transferência de dinheiro foi bloqueada devido a suspeitas de origem criminosa dos fundos.
Em abril, Gutsul assinou um acordo com o banco russo Promsvyazbank para emitir cartões Mir para pensionistas e funcionários do setor público da Gagaúzia, que passaram a receber pagamentos mensais de 2 mil lei (R$ 628). Os primeiros pagamentos foram feitos em 1º de maio.
Mais tarde, a chefe da Gagaúzia disse que as autoridades moldavas estavam tentando cancelar os pagamentos sociais que passavam pelo Promsvyazbank.
Gagaúzia, localizada no sul da Moldávia, tradicionalmente apoia a aproximação com a Rússia, enquanto o governo em Chisinau está focado na integração europeia.