Panorama internacional

'Absurdo': enquanto EUA pedem calma ao Irã, Israel 'comete crimes internacionais', diz jornalista

Os EUA continuam a implantar no Oriente Médio um arsenal militar que inclui novos destróieres. Israel, que trava uma guerra na Faixa de Gaza que deixou dezenas de milhares de pessoas mortas desde outubro, provoca o Irã com ataque. Teerã disse que planeja retaliar, enquanto os EUA não conseguem diminuir as tensões na região.
Sputnik
Os temores de uma guerra regional no Oriente Médio têm crescido desde o assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniya, que foi morto em um ataque à sua residência em Teerã. Algumas horas antes, Israel também atacou o sul de Beirute e matou o comandante do Hezbollah, Fuad Shukr. O Hamas e o Irã culparam Israel pelo assassinato e prometeram retaliação.
De acordo com uma fonte da mídia dos EUA, uma autoridade israelense anônima informou na segunda-feira (12) que acreditavam que o Irã decidiu atacar diretamente Israel.
Em conversa com a Sputnik, o jornalista James Carey e apresentador do podcast Left is Dead (Esquerda está Morta) discutiu os recentes acontecimentos no Oriente Médio.
"Atacar a capital de Beirute, que é tecnicamente um aliado dos EUA, e depois, apenas dar as costas. [Dizendo], 'oh, por favor não responda a isso'. Isso é um pedido absurdo, certo? Acho que a resposta iraniana no início deste ano, quando o ataque de drones foi lançado, [foi] basicamente para penetrar levemente a Cúpula de Ferro, para mostrar que eles poderiam fazê-lo. Em minha opinião, penso que o Irã poderia penetrar a Cúpula de Ferro, se eles o quiserem", disse Carey.
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"Israel recebe carta branca para atacar, como eu disse, aliados norte-americanos como o Líbano. Esses são países que supostamente são aliados dos EUA, independentemente se o Hezbollah opera neles ou não, ou se o Irã está visando atacar ou não. Mas a agressão óbvia veio de Israel", acrescentou o jornalista.
Carey destacou que EUA pedem contenção ao Irã, enquanto é evidente que Israel está cometendo crimes.

"Esses são atos óbvios de agressão por parte de Israel. Então, pedir ao Irã para ter uma resposta moderada quando Israel está claramente cometendo crimes internacionais, parece muito absurdo para mim", observou. "Para mim é muito absurdo que isso seja enquadrado como se Israel estivesse tomando medidas preventivas contra o Irã quando, desculpem, as medidas preventivas estão feitas, e eles as fizeram".

"É claro que [o premiê israelense Benjamin] Netanyahu não tem planos de negociar de boa-fé com o Hamas, até a libertação de reféns. E isso já tem sido evidente há meses, mas agora que [estamos] falando sobre ataques preventivos contra o Irã por agressão feita por Israel, é óbvio que Israel, ou pelo menos o [partido] Likud liderado por Netanyahu, não está em posição de querer negociar. Eles poderiam negociar, mas se recusam", concluiu Carey.
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