Panorama internacional

Apenas cessar-fogo em Gaza atrasaria ou amenizaria retaliação contra Israel, dizem fontes iranianas

Somente um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, resultante das esperadas negociações desta semana, impediria o Irã de retaliar diretamente Israel pelo assassinato de Ismail Haniya em seu território, disseram três autoridades iranianas de alto escalão à agência Reuters.
Sputnik
Com o aumento do risco de uma guerra mais ampla no Oriente Médio após os assassinatos de Haniya, líder do Hamas, e do comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, o Irã tem se envolvido em um intenso diálogo com países ocidentais e os Estados Unidos nos últimos dias sobre maneiras de calibrar a retaliação, afirmaram as fontes, que falaram sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.
Uma das fontes, um alto funcionário de segurança iraniano, disse que Teerã, junto a aliados como o Hezbollah, lançaria um ataque direto se as negociações no enclave palestino fracassassem ou se percebessem que Israel está arrastando as tratativas. As fontes não disseram quanto tempo o Irã permitiria que as negociações progredissem antes de responder.
O país persa, disseram duas fontes, estava considerando enviar um representante às negociações de cessar-fogo, o que seria a primeira vez desde que a guerra começou em Gaza.
O representante não compareceria diretamente às reuniões, mas se envolveria em discussões nos bastidores "para manter uma linha de comunicação diplomática" com os Estados Unidos enquanto as tratativas prosseguem.
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Duas fontes importantes e próximas ao Hezbollah também disseram à mídia que Teerã daria uma chance às negociações, mas não desistiria de suas intenções de retaliar.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou nesta terça-feira (13) que os apelos para exercer contenção "contradizem os princípios do direito internacional".
Também nesta terça-feira (13), as forças iranianas estão em exercício militar no norte do país na província de Gilan, perto do mar Cáspio. O treinamento foi projetado para aumentar a prontidão defensiva das forças navais do Exército, afirma a mídia. É o segundo exercício militar relatado do Irã em três dias.
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