Com o aumento do risco de uma guerra mais ampla no Oriente Médio após os assassinatos de Haniya, líder do Hamas, e do comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, o Irã tem se envolvido em um intenso diálogo com países ocidentais e os Estados Unidos nos últimos dias sobre maneiras de calibrar a retaliação, afirmaram as fontes, que falaram sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.
Uma das fontes, um alto funcionário de segurança iraniano, disse que Teerã, junto a aliados como o Hezbollah, lançaria um ataque direto se as negociações no enclave palestino fracassassem ou se percebessem que Israel está arrastando as tratativas. As fontes não disseram quanto tempo o Irã permitiria que as negociações progredissem antes de responder.
O país persa, disseram duas fontes, estava considerando enviar um representante às negociações de cessar-fogo, o que seria a primeira vez desde que a guerra começou em Gaza.
O representante não compareceria diretamente às reuniões, mas se envolveria em discussões nos bastidores "para manter uma linha de comunicação diplomática" com os Estados Unidos enquanto as tratativas prosseguem.
Duas fontes importantes e próximas ao Hezbollah também disseram à mídia que Teerã daria uma chance às negociações, mas não desistiria de suas intenções de retaliar.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou nesta terça-feira (13) que os apelos para exercer contenção "contradizem os princípios do direito internacional".
Também nesta terça-feira (13), as forças iranianas estão em exercício militar no norte do país na província de Gilan, perto do mar Cáspio. O treinamento foi projetado para aumentar a prontidão defensiva das forças navais do Exército, afirma a mídia. É o segundo exercício militar relatado do Irã em três dias.