No último domingo (11), o governador da região de Zaporozhie, Yevgeny Balitsky, informou que o bombardeio provocado pelas Forças Armadas da Ucrânia causou um incêndio nas instalações de resfriamento da usina nuclear da região, que é a maior da Europa.
As chamas foram apagadas e a situação não chegou a afetar a geração de energia elétrica, enquanto os níveis de radiação seguem dentro dos limites. Apesar disso, os seis reatores da usina seguem fora de operação e estão em "parada fria".
"A usina informou ao grupo de especialistas da AIE que é necessário avaliar o impacto do incêndio na integridade estrutural da torre de resfriamento 1 e que pode haver a necessidade de desmontá-la", informa a declaração.
Os profissionais da agência internacional solicitaram acesso à segunda torre de resfriamento para inspecionar a estrutura, além de identificar materiais e especificações que poderiam estar presentes na torre 1 antes do incêndio.
"Durante a inspeção e imediatamente após o pedido de acesso à torre 2, a equipe da missão da AIEA [presente na usina] foi rapidamente acompanhada de volta a um local seguro devido a um alerta de ataque aéreo", acrescentou a agência.
Para o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, obter acesso ao nível de distribuição dos bicos de água seria importante para a equipe de especialistas da agência.
Agressão direcionada à unidade nuclear
Os ataques ucranianos à torre de resfriamento da usina nuclear de Zaporozhie mostram que Kiev agora está desenvolvendo uma agressão direcionada a instalações de energia nuclear, disse o diretor-executivo da corporação estatal russa Rosatom, Aleksei Likhachev, na última segunda-feira (12).
Segundo a empresa, foram feitos dois ataques diretos com drones contra uma das duas torres de resfriamento da usina nuclear, resultando em um incêndio no interior da torre. O foco principal de fogo foi extinto pelas forças do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, informou a Rosatom.
Aleksei Likhachev lembrou, em declaração ao canal Rossiya 24, que fragmentos de mísseis ucranianos abatidos foram encontrados na usina nuclear de Kursk.
"Mas o que aconteceu na usina de Zaporozhie na noite passada é um nível completamente diferente, eu diria, de agressão direcionada à infraestrutura das instalações de energia nuclear", sublinhou.