Os registros mostram que, em 2016, o jovem Biden escreveu pelo menos uma carta ao embaixador dos EUA na Itália, buscando uma introdução entre a empresa de gás ucraniana Burisma, de cujo conselho ele era membro, e o presidente da região da Toscana da Itália, onde a Burisma estava buscando um acordo geotérmico.
Um funcionário do Departamento de Comércio baseado na Embaixada dos EUA em Roma respondeu cautelosamente que "esta é uma empresa ucraniana e, puramente para nos proteger, o governo dos EUA não deveria estar advogando ativamente junto ao governo da Itália sem que a empresa passasse pelo Centro de Advocacia do Departamento de Comércio" – um programa do Departamento de Comércio que apoia empresas dos EUA que buscam fazer negócios com governos estrangeiros.
Abbe Lowell, advogado de Hunter Biden, disse que o único pedido que ele fez foi para uma apresentação, que foi um "pedido adequado" e nenhuma reunião ou projeto se materializou como resultado.
Um porta-voz da Casa Branca disse que o presidente dos EUA, Joe Biden, não sabia quando era vice-presidente que Hunter Biden havia entrado em contato com a embaixada italiana em nome da Burisma.
O The New York Times inicialmente entrou com um pedido de Lei de Liberdade de Informação (FOIA, na sigla em inglês) em junho de 2021. Depois de quase oito meses sem resposta, o jornal entrou com uma ação judicial. O Departamento de Estado só divulgou os registros em questão depois que Joe Biden retirou sua candidatura à reeleição presidencial, momento que o departamento disse ter sido coincidência.