Lula ainda afirmou que, se Maduro tiver "bom senso", poderia convocar novas eleições. O Brasil, assim como a Colômbia, ainda não reconheceu as eleições venezuelanas e exigiu do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) as atas eleitorais.
"Ainda não [reconheço que ganhou a eleição]. Ele sabe que está devendo uma explicação para o mundo. Ele sabe disso", afirmou o presidente brasileiro durante uma entrevista à Rádio T, citada pelo jornal O Globo, nesta quinta-feira (15).
Lula também disse que "as novas eleições" aconteceriam com participações de "olheiros do mundo inteiro". O líder afirmou ainda que não pode tomar uma decisão "precipitada" sobre o assunto.
"Maduro tem seis meses de mandato ainda [...], se ele tiver bom senso ele poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral supra partidário que todo mundo participe e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro. O que eu não posso é ser precipitado e tomar uma decisão", declarou.
Na terça-feira (13), o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, apresentou a ideia de uma nova eleição a Lula após ouvir a sugestão de outros atores internacionais, mas ressaltou que a sugestão é informal e ainda está em desenvolvimento, sublinhando que a proposta, caso seja formalizada, implicaria um pacote de contrapartida antissanções, conforme noticiado.
Brasil, Colômbia e México estavam se articulando para manter contato com Caracas a fim de solucionar a crise, no entanto, o México sinalizou nesta semana que não estaria mais envolvido com o grupo.
Na quarta-feira (14), Lula teve uma chamada com seu homólogo colombiano Gustavo Petro, mas o presidente não deu detalhes sobre a conversa, segundo a Agência Brasil.
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