"Até o final deste trimestre, desde fevereiro de 2022, o Congresso dos EUA alocou mais de US$ 174,19 bilhões [R$ 951,16 bilhões] em financiamento suplementar para a resposta dos EUA à operação em grande escala da Rússia na Ucrânia", diz o relatório.
Esse valor inclui gastos com fornecimento de armas a Kiev, gastos com a substituição de depósitos militares dos Estados Unidos para repor os fornecimentos às Forças Armadas ucranianas, apoio orçamentário direto, gastos humanitários e dinheiro para fortalecer a presença da OTAN na Europa.
Ao mesmo tempo, segundo o relatório, Kiev enfrenta uma escassez de armas e munição, o que a priva da capacidade de realizar contraofensivas em larga escala por pelo menos seis meses.
"As Forças Armadas da Ucrânia ainda não têm armas e munição suficientes, especialmente artilharia, defesa antiaérea e armas de longo alcance para superar a vantagem aérea e terrestre da Rússia."
O departamento indica que a munição começou a ser fornecida para a linha de frente, porém é muito provável que essa ajuda não seja suficiente em comparação com as capacidades das Forças Armadas russas que, segundo relatado, gasta até 10 mil projéteis por dia.
"As Forças Armadas ucranianas continuaram a pedir transferência de munições, enquanto certos tipos de munição que não são mais produzidos ou fornecidos pelos Estados Unidos se reduziram para níveis críticos", destaca.
Assim, o Escritório do Inspetor-Geral conclui que a Ucrânia não poderá realizar nenhuma operação ofensiva em grande escala durante os próximos seis meses.
O relatório reconhece que o sistema de mísseis terra-ar S-400 e outros elementos do sistema de defesa antiaérea russo continuam entre os mais avançados do mundo.
Enquanto isso, o mesmo documento diz que as Forças Armadas ucranianas não teriam violado a proibição de ataques com armas de longo alcance dos EUA no território da Rússia.
Quanto às sanções antirrussas, o Pentágono admite que, embora os EUA tenham imposto sanções contra 4.800 indivíduos e organizações, incluindo mais de 80% do sistema bancário da Rússia, ainda não conseguem manter seus efeitos de forma eficaz.
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