As obras serão realizadas em três áreas da cidadela, bem como no setor da Trilha Inca Gran Caverna, fragmento de um percurso pedestre que liga Machu Picchu à cidade de Cusco:
"As obras são realizadas em 19 monumentos arqueológicos e em vários setores do santuário", acrescentou o ministério em comunicado.
Os trabalhos serão dirigidos pelo arqueólogo peruano Régulo Franco, "com a participação de profissionais especializados e com vasta experiência; além de pessoal qualificado", garantiu a pasta.
"As investigações arqueológicas de Machu Picchu foram retomadas após a pausa em 2016 e têm vários objetivos, um deles é a caracterização do uso e função dos espaços abertos da cidadela", especificou o ministério.
O trabalho de pesquisa terá um investimento de cerca de US$ 27 mil dólares (cerca de R$ 150 mil), e duração de três meses, não afetando as visitas diárias de turistas do Peru e do exterior.
Sítio arqueológico
A cidade de Machu Picchu fica a uma altitude de 2.430 metros na Cordilheira Central dos Andes peruanos. Foi abandonada nos anos 1530 após a invasão espanhola. O professor norte-americano Hiram Bingham da Universidade de Yale redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em 1911.
Os arqueólogos consideram que a cidade foi fundada pelo imperador Pachacuti, o governante nascido em Cusco, a capital do Império Inca.
Novas datações por radiocarbono de restos humanos encontrados no sítio arqueológico apontam que a cidade foi povoada de pelo menos 1420 até 1530, duas décadas antes do que se acreditava, conforme o estudo publicado na revista Antiquity.
Os relatos históricos, compilados após a conquista espanhola no século XVI pelos governadores espanhóis na região, sugeriam que a cidade foi fundada entre 1440 e 1450.