"A pedido do chanceler Olaf Scholz, solicitações adicionais do Ministério da Defesa não deverão mais ser aprovados", indica a mídia, citando uma carta do ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, enviada aos chefes dos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores.
Isso mostra que a Alemanha tenta limitar os gastos como medida de austeridade. O equipamento militar que já foi aprovado para transferência será entregue a Kiev, mas pedidos adicionais não deverão mais ser aprovados. Inclusive, o bloqueio dos fundos já entrou em vigor.
No entanto, de acordo com a carta publicada, o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, não espera uma redução acentuada no financiamento para a Ucrânia. O ministro espera que no futuro o dinheiro não venha do orçamento alemão, mas dos lucros gerados pelos ativos congelados do Banco Central da Rússia. Na opinião dele, Kiev "cobrirá uma parte significativa das suas necessidades militares" com a ajuda destes fundos.
Hoje, a Alemanha é o segundo maior fornecedor de armas para a Ucrânia, depois dos Estados Unidos. No total, Berlim forneceu quase 28 bilhões de euros (R$ 169,04 bilhões) em apoio militar a Kiev. O orçamento para 2025, aprovado em julho, prevê que as autoridades alemãs apliquem cerca de 4 bilhões de euros (R$ 24,15) para esta finalidade, metade do valor enviado neste ano.
Em maio, o Conselho da União Europeia (UE) aprovou a utilização da maior parte dos rendimentos dos ativos russos bloqueados para apoiar a Ucrânia. A decisão prevê que 90% dos lucros serão atribuídos através do Fundo Europeu para a Paz e os outros 10% serão enviados para o orçamento da UE para distribuição no âmbito do programa de assistência a longo prazo para Kiev.