Pequim acusou Washington de tomar "decisões irresponsáveis" em tentativas de manter sua hegemonia, inclusive intimidando a comunidade internacional com seu arsenal nuclear.
A declaração condenatória ocorreu em resposta à decisão do Pentágono de elevar as forças dos EUA no Japão para um quartel-general conjunto sob o comando de um tenente-general que reporta ao comandante do Comando Indo-Pacífico. O anúncio foi feito pelo Departamento de Defesa dos EUA no final de julho, após uma reunião dos chefes de defesa e política externa estadunidense e japonesa.
Na época, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, elogiou o desenvolvimento como "um dos maiores progressos em nossos laços militares com o Japão em 70 anos".
Na sexta-feira, o porta-voz da entidade militar chinesa afirmou que Washington e Tóquio jogaram a carta da "ameaça militar da China" para justificar sua decisão. Tais ações apenas "provocam a confrontação de bloco e minam a paz e a estabilidade regionais", disse ele.
Segundo Zhang Xiaogang, "os EUA representam a maior ameaça nuclear para o mundo", uma vez que possuem o "maior arsenal nuclear do mundo" e seguem uma política que permite o primeiro uso de armas nucleares.