"Saímos novamente às ruas para ratificar o nosso apoio ao presidente Nicolás Maduro, à sua vitória em 28 de julho, ao seu apelo permanente à paz e à rejeição da violência fascista da oposição", disse em entrevista à Sputnik o cidadão Marlon Llamozas.
A mobilização, que começou na Avenida Libertador no centro, estendeu-se por toda a Avenida Urdaneta e culminou no Palácio Miraflores, sede do governo, onde Maduro fez um discurso à multidão.
"Estou aqui marchando pela paz e contra o fascismo e celebrando o triunfo do nosso presidente Nicolás Maduro", afirmou a cidadã Julia Sánchez à reportagem.
A sexagenária, que marchou com um traje muito colorido alusivo à bandeira venezuelana, condenou a posição de um setor da oposição que não reconhece os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais Maduro foi reeleito.
Na quarta-feira, o deputado e primeiro vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, denunciou que a oposição, ligada à líder política María Corina Machado e a Edmundo González, pretende gerar violência no país.
Porém, anteriormente, apoiadores de Machado e González se reuniram na Avenida Francisco de Miranda para exigir que o Conselho Nacional Eleitoral publicasse a ata do processo eleitoral.
A câmara eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) da Venezuela iniciou quinta-feira (15) a perícia do material eleitoral das eleições presidenciais que está na sua posse.
Em 2 de agosto, a Comissão Nacional Eleitoral divulgou um segundo boletim eleitoral no qual assegurava que com 96,87% dos minutos contados, Maduro venceu as eleições presidenciais com 51,95 por cento dos votos, enquanto o seu candidato mais próximo, Edmundo González, alcançou 43,18 por cento dos votos.
Diante disso, um grupo de oposição liderado pela líder da organização política Vente Venezuela, María Corina Machado, divulgou um banco de dados no qual González teria vencido as eleições.
Em resposta, o chefe do comando da campanha de Maduro e deputado da Assembleia Nacional (Parlamento unicameral), Jorge Rodríguez, apresentou as inconsistências matemáticas nos resultados apresentados pela oposição e explicou que apenas 9.468 supostas atas das eleições estavam no site mais de 36 mil mesas instaladas nas eleições.