O protesto começou por volta das 15h e contou com a participação de ativistas, artistas, e lideranças religiosas, que buscaram chamar a atenção para a violência no conflito entre Israel e Palestina, que já resultou na morte de mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Ao longo da manifestação, enquanto os participantes entoavam gritos de "Palestina Livre" e erguiam faixas, algumas pessoas que passavam de carro pela avenida demonstraram apoio, buzinando e acenando. Por outro lado, houve também motoristas que gritaram contra o movimento.
Entre os presentes, o pastor Ricardo Mendes fez um discurso em defesa da diversidade e da acolhida de imigrantes e refugiados pela cidade de São Paulo.
"Sou de uma São Paulo que sempre foi acolhedora", afirmou Mendes, ao comentar também o episódio de agressão sofrida pelo artista Kleber Pagu no início do mês.
Conforme reportado anteriormente pela Sputnik Brasil, Pagu foi atacado enquanto pintava um mural com os dizeres "Palestina Livre" em um prédio ocupado na Consolação.
Durante o trabalho, manifestantes contrários tentaram agredir os artistas e destruir a obra, que ainda assim foi finalizada e se tornou um símbolo de resistência. O mural está localizado em um edifício ocupado e se tornou um ponto de destaque no movimento pró-Palestina, representando a solidariedade de movimentos do Brasil à causa.
A ação teve apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que organizou a Jornada de Muralismo Palestina Livre. Os manifestantes defendem que a solução para o conflito passa pelo fim da ocupação israelense e que medidas urgentes, como o cessar-fogo, são necessárias.
Na comunidade internacional, países como a Rússia têm se posicionado em defesa de uma solução diplomática baseada na proposta de dois Estados, que permitiria a coexistência de Israel e Palestina em paz.