Panorama internacional

Primeira fase de negociações de cessar-fogo em Gaza terminou sem avanços, diz Hamas

O grupo palestino criticou a Casa Branca por tentar fazer com que "tudo continue soando positivo na mídia" apesar de não haver avanço real nas negociações.
Sputnik
A primeira fase das negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza, realizada esta semana no Catar, terminou sem avanços, disse o porta-voz do movimento palestino Hamas no Líbano.
"O governo [norte-americano de Joe] Biden está tentando mostrar que o ambiente é positivo, mas a primeira rodada mostrou que não há melhoras", de acordo com Ahmad Abdulhadi, em entrevista à emissora britânica Sky News.
Ele disse que as declarações de Biden de que estava otimista quanto às perspectivas de as partes chegarem a um acordo e que apenas "algumas questões" ainda precisavam ser acordadas tinham o objetivo de garantir que "tudo continue soando positivo na mídia", e que o chamado "Eixo da Resistência" xiita permaneça calmo e não reaja ao assassinato de Ismail Haniya, líder político do Hamas, e "entre em uma guerra regional".
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O porta-voz do movimento palestino acrescentou que os mediadores informaram que os pontos críticos das negociações não foram resolvidos, e que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu "acrescentou outras condições e complicou ainda mais a situação".
Os EUA, com o apoio do Egito e do Catar, apresentaram uma proposta de cessar-fogo a Israel e ao Hamas na sexta-feira (16), que busca reduzir as diferenças entre os dois lados. A proposta surgiu de negociações realizadas desde quinta-feira (15) em Doha, Catar, sem a presença de representantes do Hamas.
Os ataques ao território palestino começaram depois de um ataque, em 7 de outubro de 2023, coordenado pelo Hamas a mais de 20 comunidades israelenses, que deixou aproximadamente 1,1 mil mortos e cerca de 5,5 mil feridos, além de mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma declaração de guerra contra o Hamas e iniciou uma série de bombardeios contra a Faixa de Gaza, que até agora resultaram na morte de mais de 40 mil pessoas e mais de 92,5 mil feridos.
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