Por um lado, a Ucrânia declarou que não reconheceria a declaração unilateral de independência de Kosovo "porque tentou criar certa equivalência entre a posição da Crimeia e a de Kosovo, no sentido de que, se aceitarem a legitimidade da secessão de Kosovo da Sérvia com base na maioria local, então, obviamente, mutatis mutandis, aplica-se a Kosovo e aplica-se à Ucrânia", explica ele.
"A Ucrânia tem tentado seguir por padrão a linha da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e da União Europeia ou, simplesmente, do Ocidente coletivo, em vez de fazê-lo abertamente. Em outras palavras, de uma maneira um tanto furtiva e indireta", aponta Trifkovic.
"E será afirmado que, obviamente, os dois casos são completamente diferentes, que o Kosovo tinha o direito de se separar da Sérvia pelas razões x, y e z, enquanto a Crimeia nunca teve o direito de se separar da Ucrânia."
"Nunca se baseou em princípios, pelo menos não desde fevereiro de 2014. E nunca estará enquanto o regime atual ou algum sucessor, semelhante ao regime atual, permanecer no poder em Kiev", conclui.