A Alemanha se comprometeu a enviar tropas para a Lituânia, que é membro da OTAN e da União Europeia, no ano passado.
O chefe da Defesa lituano, Raimundas Vaiksnoras, estimou que o país gastaria mais de € 1 bilhão (R$ 6 bilhões) nos próximos três anos para desenvolver a base, em um dos maiores projetos de construção de sua história.
"É um enorme investimento para uma nação de 2,9 milhões de habitantes com uma economia que é um décimo do tamanho da Alemanha. A brigada funcionará como garantia para nossa população e como dissuasão para expulsar os russos", disse Vaiksnoras durante uma cerimônia de lançamento, citado pela Reuters.
A base em Rudninkai, perto da capital Vilnius e a apenas 20 quilômetros de Belarus, acomodará até 4.000 soldados, armazenamento e manutenção para tanques e outros equipamentos, e campos de tiro de todos os tamanhos. Cerca de mais mil contratados militares e civis alemães serão enviados para outros locais na Lituânia.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, comparou a decisão ao envio de forças aliadas para a Alemanha Ocidental durante a Guerra Fria para defender a Europa em caso de um ataque soviético, segundo a mídia.
O governo alemão solicitou ao parlamento € 2,93 bilhões (R$ 17,7 bilhões) para encomendar 105 tanques Leopard 2A8, em parte para equipar a base lituana, conforme noticiado.
No entanto, disputas orçamentárias dentro da coalizão fragmentada da Alemanha estão colocando em risco a promessa de Berlim de modernizar suas Forças Armadas, relata a mídia.
A Lituânia impulsionou seus gastos com defesa para 3% do produto interno bruto (PIB) neste ano, e o governo da primeira-ministra Ingrida Simonyte aumentou os impostos para atender às necessidades de defesa, como a base, nos próximos anos.