Nesta terça-feira (20), o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, reforçou que o cenário mpox — independentemente de se tratar da nova variante 1, por trás do surto atual na África, ou da variante 2, responsável pela emergência global em 2022 — não configura "uma nova COVID-19".
"Ainda precisamos aprender mais sobre a variante 1. Com base no que sabemos, a mpox é transmitida sobretudo através do contato da pele com as lesões, inclusive durante o sexo. […] Sabemos como controlar a mpox e, no continente europeu, os passos necessários para eliminar completamente a transmissão", disse Kluge.
No Brasil
A ministra da Saúde brasileira, Nísia Trindade, afirmou na última quarta-feira (14) que a mpox (abreviação para "monkeypox", termo em inglês), antes conhecida como varíola dos macacos, não é motivo para alarde, mas que o aumento exponencial da doença na África merece atenção por parte do Brasil.
A OMS declarou mais cedo emergência de saúde pública de importância internacional devido ao avanço da doença em países africanos e à identificação de uma nova cepa do vírus, mais mortal, chamada clado 1B.
A decisão foi influenciada pelo registro de casos fora da República Democrática do Congo, onde as infecções têm aumentado há mais de dois anos, além de uma mutação que facilitou a transmissão do vírus.
"Tivemos reunião com especialistas há duas semanas e vamos analisar questões como vacina. Não há motivo de alarme, mas sim de alerta […]. Certamente não será uma vacinação em massa, caso se faça necessário", disse ela após cerimônia no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, quando anunciaram novos investimentos para a Nova Indústria Brasil.
A ministra informou, ainda, que o governo federal deve criar um comitê de operação de emergência para combater a doença.