"Esta Câmara declara admissível este recurso eleitoral contencioso com base na perícia realizada e verificada de forma irrestrita e inequívoca. […] certifica, de forma inquestionável, o material eleitoral, e esta Câmara valida o resultado da eleição presidencial que resultou na eleição do cidadão Nicolás Maduro", indicou a presidente do tribunal, Caryslia Rodríguez.
O resultado é fruto da perícia do material eleitoral, iniciada na quinta-feira passada (15). O tribunal também informou que o ex-candidato da oposição Edmundo González deveria responder judicialmente por não ter comparecido ao tribunal, ao contrário de outros candidatos ao cargo de chefe de Estado.
O atual presidente do país, Nicolás Maduro, obteve 51,95% dos votos, contra os 43,18% obtidos por Edmundo González, que não reconheceu o resultado.
Em 2 de agosto, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Maduro o vencedor das eleições de 28 de julho. No dia seguinte, eclodiram protestos por parte da população, que discordou do resultado nas urnas.
Confrontos em Caracas e outras cidades entre as forças de segurança e os manifestantes ocasionaram a destruição de 250 redutos policiais, atos de vandalismo e saques.
Policiais detiveram mais de 2 mil pessoas, acusadas de destruir infraestruturas estatais, incitar o ódio e o terrorismo.
Maduro pediu, em 31 de julho, ao Supremo Tribunal proteção constitucional para impedir os ataques ao processo eleitoral, que ele chamou de uma forma de realizar um golpe.
No último sábado (17), milhares de venezuelanos marcharam em Caracas para expressar apoio à reeleição de Maduro e o repúdio à violência.