Uma enorme crise democrática se desenvolveu na Europa devido às ações da corrente dominante liberal, disse neste sábado (24) o ministro das Relações Exteriores e Relações Econômicas Externas da Hungria.
"Fala-se menos sobre isso do que se deveria, mas há um enorme déficit democrático na Europa […]. A corrente liberal dominante, que caracteriza a si mesma como colorida, tolerante e pronta para aceitar, se esforça por obter uma hegemonia absolutamente ditatorial e está tentando eliminar todas as formas alternativas de pensar do ambiente político e social", afirmou Peter Szijjarto no festival político Tranzit.
O ministro disse que, por meio de medidas legais de pressão política e econômica, a corrente liberal passou "à destruição física" de políticos que se opõem a ela, lembrando as tentativas de assassinato do primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, e do candidato à presidência dos Estados Unidos e ex-presidente Donald Trump.
Segundo Szijjarto, a corrente liberal dominante quer criar uma "era pós-soberana na qual a política externa de cada país é irrelevante", mas a Hungria considera a preservação da soberania "uma questão de vida ou morte" e continuará lutando por ela.
Anteriormente, Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, disse que se Budapeste participar, mesmo que minimamente, da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Ucrânia, perderá uma parte importante de sua soberania, pois entregará o comando de suas tropas à aliança.