No início de agosto, as autoridades sudanesas relataram a morte de 68 pessoas na sequência do desastre natural, acrescentando que as vítimas morreram por várias causas, incluindo desabamentos de casas e afogamentos.
As chuvas atingiram dez regiões sudanesas. O estado do Norte e do Rio Nilo foram os mais afetados, acrescentaram as autoridades. Mais de 12,4 mil casas foram completamente destruídas devido às chuvas torrenciais contínuas, acrescentou o ministério.
No leste do país, uma represa rompeu e destruiu pelo menos 20 vilarejos e deixou pelo menos 30 pessoas mortas, mas provavelmente muitas mais, disse a ONU na segunda-feira, devastando uma região que já estava sofrendo com meses de guerra civil.
Cerca de 50 mil pessoas foram afetadas pelas enchentes, segundo a ONU, citando autoridades locais, acrescentando que esse número se refere apenas à área a oeste da represa, já que a área a leste estava inacessível.
A represa era a principal fonte de água para Porto Sudão, onde se encontram o principal porto do mar Vermelho e o aeroporto que recebe a maior parte das entregas de ajuda humanitária.
As autoridades informaram que a represa havia começado a desmoronar e o lodo estava se acumulando após dias de tempestades que chegaram muito antes do habitual.
Antes do início da guerra entre o Exército sudanês e as Forças Paramilitares de Apoio Rápido, em abril de 2023, as represas, estradas e pontes do Sudão já estavam muito deterioradas.