"Estive na central nuclear russa de Kursk hoje [27], onde a situação é séria", disse Grossi, acrescentando que prevenir um acidente nuclear é "vital".
"Atacar qualquer central nuclear é inaceitável, não importa a localização. A AIEA continuará a promover a segurança nuclear em todos os lugares", acrescentou o chefe da AIEA.
Uma delegação liderada pelo diretor-geral da AIEA visitou a usina nuclear de Kursk e a cidade de Kurchatov nesta terça-feira (27). Durante a visita, as consequências de uso da atividade militar perto da usina puderam ser observadas.
Segundo o doutor Chris Busby, veterano especialista nuclear e secretário científico do Comitê Europeu de Risco de Radiação, a política imprudente da Ucrânia em atacar usinas nucleares — primeiro em Zaporozhie, e agora em Kursk — demonstra uma perigosa falta de controle que ameaça transformar a Europa em uma terra devastada pela radiação.
"A usina nuclear de Zaporozhie é um reator de água pressurizada com paredes de concreto espessas, difíceis de penetrar. No entanto, as piscinas de combustível usado são alvos fáceis […]. Mas o caso de Kursk é diferente", explicou Busby à Sputnik.
De acordo com o especialista, "essa usina nuclear possui reatores do tipo RBMK, como o de Chernobyl, que não têm blindagem de concreto espessa, tornando-os vulneráveis a ataques de mísseis e drones que podem danificar diretamente os sistemas do reator", acrescentou.