Panorama internacional

México anuncia pausa nas relações com embaixadas de EUA e Canadá após críticas à reforma judicial

O governo do México interrompeu seu relacionamento com as embaixadas dos Estados Unidos e do Canadá, disse o presidente mexicano nesta terça-feira (27), depois que uma proposta de reforma judicial apoiada pelo líder foi criticada por ambos os países.
Sputnik
Na semana passada, Ken Salazar, embaixador dos EUA, classificou a reforma como um "grande risco ao funcionamento da democracia mexicana".

"Há uma pausa [nas relações]", disse o presidente Andrés Manuel López Obrador em entrevista coletiva, esclarecendo que o congelamento era apenas nas embaixadas, e não com os EUA e o Canadá como um todo, segundo a Reuters.

A pausa no relacionamento acontece "porque [o embaixador dos Estados Unidos] está procurando falar conosco", disse López Obrador. "Não é pessoal, tivemos um relacionamento bom e construtivo", disse o presidente.
"Como vamos permitir que o embaixador dê sua opinião, que diga que o que estamos fazendo é errado? Não vamos dizer a ele para sair do país. Mas para ele ler nossa Constituição, sim, vamos dizer isso", acrescentou.
O embaixador do Canadá no México, Graeme Clark, também alertou sobre preocupações com investimentos. Não ficou totalmente claro qual impacto tal pausa teria, limitada às embaixadas no México, escreve a mídia.

Por fim, o presidente mexicano afirmou que a "pausa" continuaria até que "houvesse confirmação de que [as embaixadas] respeitam a independência do México".

No final de semana passado, López Obrador chamou Ken Salazar de "desrespeitoso" e alertou Washington para "não se intrometer no México".
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O governo mexicano está promovendo uma reforma para eleger juízes, incluindo juízes da Suprema Corte, por voto popular. Um comitê na câmara baixa do Congresso do México aprovou a proposta na noite de segunda-feira (26), abrindo caminho para que ela seja aprovada quando o Congresso recém-eleito tomar posse em setembro.
Os proponentes dizem que a reforma impulsionará a democracia e ajudará a consertar um sistema que, segundo eles, não serve ao público, enquanto os críticos dizem que ela distorcerá o poder em favor do Executivo, prejudicará a carreira dos juízes e tornará os tribunais mais suscetíveis à influência criminosa, escreve a agência britânica.
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