Comentando informações de que os EUA haviam aumentado a presença militar no Oriente Médio e estão preparados para qualquer emergência, Zakharova destacou que "em muitos aspectos, a atual situação dramática foi uma consequência do desejo dos EUA de manterem sua influência dominante no Oriente Médio".
"O desejo de Washington de monopolizar um papel de mediador no conflito palestino-israelense, de manter o status quo e promover a 'paz econômica', deixando para trás as questões fundamentais de uma solução de longo prazo para esse problema de longa data, com base nas decisões existentes da Assembleia Geral e do Conselho da Segurança da ONU, contribuiu para o acúmulo do potencial de conflito", explicou.
Ao mesmo tempo, segundo ela, os Estados Unidos aplicaram suas abordagens belicosas criando linhas divisórias artificiais na região e formando "coalizões anti-iranianas".
Zakharova afirmou que o aumento da presença dos EUA no Oriente Médio ameaça agravar a situação atual.
Ela citou como exemplo a operação norte-americana supostamente de manutenção da paz contra o movimento xiita Ansar Allah (houthis), que controla o norte do Iêmen.
"Basta lembrar que a suposta operação de manutenção da paz Guardião da Prosperidade, lançada por Washington no início do ano, resultou em ataques norte-americanos e britânicos no território do Iêmen e, na prática, levou apenas a um agravamento da situação nessa parte do mundo."
Por sua vez, a representante da chancelaria assegurou que a Rússia defende a rejeição das ações que levem à degradação da situação no Oriente Médio.
Ela acredita também que a escalada no Oriente Médio se deve ao fracasso da comunidade internacional em interromper o derramamento de sangue na Faixa de Gaza.
"O Oriente Médio chegou a uma linha perigosa, com a possibilidade de uma escalada descontrolada, até e inclusive uma grande guerra", enfatizou.