O comitê, comissionado pela pasta e composto por especialistas científicos, políticos e econômicos, apresentou 100 recomendações em sete áreas temáticas, publicadas pelo governo nesta quinta-feira (29), segundo a Bloomberg.
O documento informa que a Suíça, que ainda tem serviço militar e pode convocar um grande Exército de reservistas, deve aumentar os gastos militares para 1% do produto interno bruto (PIB) até 2030, de cerca de 0,8%.
A indústria de armas também deve ser reforçada, levantando proibições de reexportação em casos específicos e reforçando a cooperação em projetos de segurança da OTAN e da UE, disse o painel.
De acordo com o painel de especialistas do comitê, a definição estrita de neutralidade deve ser revisada para que seja mais focada na segurança da Suíça e "aplicada de forma mais flexível".
Também foi recomendado que a neutralidade deve se alinhar mais de perto com a Carta das Nações Unidas e que "maior consideração seja dada à distinção entre agressor e vítima".
"A cooperação deve ser consolidada não apenas no nível militar, mas também no nível diplomático, particularmente no contexto das atividades internacionais de controle de armas e da regulamentação de novas tecnologias", afirmou.
Segundo a Bloomberg, o documento imediatamente provocou a reação do Partido Popular Suíço (SVP, na sigla em inglês), o maior no Parlamento. O SVP afirmou que rejeita tentativas de minar a soberania da defesa e "destruir a neutralidade suíça".
Ademais, o SVP está apoiando um plano para fazer uma votação popular, a fim de consagrar a posição de neutralidade permanente e armada na Constituição.