"Analisamos o comportamento do fogo em ambas as fronteiras. Esse problema vem acontecendo desde 12 de agosto. Ainda há fogo na fronteira e também perto dela. Definimos alternativas de intervenção imediata", disse à Sputnik o vice-ministro da Defesa Civil da Bolívia, Juan Carlos Calvimontes.
Ainda segundo Calvimontes, "a China e outros países nos dão apoio em equipamentos. Com a França, por exemplo, temos um acordo de trabalho porque eles formam os nossos bombeiros florestais".
"Há um processo muito severo de desmatamentos e incêndios [...]", disse o pesquisador acrescentando que as chamas são provocadas pelo avanço da fronteira agrícola: "São incêndios recorrentes que entram na área do Pantanal [compartilhada pelos dois países]. São incêndios que sabemos que ocorrem entre junho e outubro, muitas vezes vêm do Brasil, é o que sempre nos diz a análise das cicatrizes dos incêndios. Não vai mudar, além do acordo entre Brasil e Bolívia", afirmou.
"Para ser eficaz, requer um governo boliviano proativo que tenha uma visão de prevenção a médio prazo, que atue com coordenação e que não responda simplesmente à pressão social. Enquanto o governo não adotar esta abordagem, qualquer que seja o acordo, não dará resultados. Em Santa Cruz, quase dois milhões de hectares foram queimados. Sabe-se que no resto do país foram queimados mais um milhão de hectares. Ainda nem começamos setembro e outubro, que são os meses em que queimam as maiores áreas", analisou.