Na peça apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU) à Justiça Federal de São Paulo, Lula pede que Marçal dê explicações sobre suas declarações na sabatina da GloboNews, que aconteceu na segunda-feira (26), segundo o jornal O Globo.
Uma das falas destacadas aponta o momento em que Marçal afirma que Lula "desviou mais de R$ 1 trilhão com a quadrilha que ele tinha".
O órgão aponta que "é possível inferir a existência do delito de difamação" e crimes contra a honra de Lula praticado por Marçal. No decorrer de suas respostas, o interpelado passou a se referir proposital e repetidamente ao interpelante [Lula], embora as perguntas não lhe dissessem respeito", diz a AGU na peça.
Em outro momento, o influencer disse que "se fosse pra afastar, eu ia afastar o Lula também, até ver o que foi esse negócio, que 'descondenação' foi essa".
"Diante dessas afirmações, é necessário que o interpelado esclareça o seu teor, pois a entrevista não estava relacionada ao interpelante. Foram mencionadas elevadas quantias, e as imputações de fatos criminosos não foram integralmente explicadas", diz a AGU, citada pela mídia.
No sábado (24), os perfis de Pablo Marçal foram derrubados depois que a Justiça entendeu que há indícios de abuso econômico ao promover cortes monetizados de seus vídeos. Logo após a decisão, Marçal falou em censura e entrou com recurso.
A liminar foi concedida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, em ação de investigação eleitoral movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), legenda de Tabata Amaral, que também disputa o pleito.
O PSB argumentou que, usando essa estratégia, Pablo Marçal conseguiu "mais de 2 bilhões de visualizações no TikTok e dobrou o tamanho do seu Instagram, com mais de 5 mil pessoas fazendo 'cortes' de seu conteúdo".
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