"Esses seis prisioneiros e outros poderiam ter retornado vivos aos seus familiares como parte de um acordo de troca, mas a insistência do Exército de ocupação israelense, de [Benjamin] Netanyahu e seu governo extremista foi a causa da morte dessas pessoas durante os bombardeios. Alguns prisioneiros do inimigo foram mortos por eles", disse Khalil al-Hayya, membro do escritório político do Hamas responsável pela questão das trocas, em uma entrevista ao canal Al Jazeera.
Durante a manhã, o Exército de Israel publicou os nomes de seis reféns cujos corpos foram encontrados em um dos túneis subterrâneos na cidade de Rafah, no sul do enclave palestino.
Entre eles, estavam um russo e um norte-americano. Já Israel acredita que o grupo foi morto pelo Hamas pouco antes da operação.
Greve geral em Israel
Enquanto vários reféns seguem sob o poder do Hamas na Faixa de Gaza, o fracasso do governo israelense em liberar o grupo ao anúncio também neste domingo de uma grave geral no país. A informação foi confirmada pelo chefe da Federação Trabalhista Histadrut em Israel, Arnon Bar-David.
O Times of Israel citou Bar-David dizendo que a greve começaria às 6 da manhã e estava programada para durar um dia, com outras decisões a serem tomadas após a paralisação.
"Judeus estão sendo mortos nos túneis de Gaza. Isso deve parar", disse o chefe da Federação Trabalhista de Israel em uma entrevista coletiva após uma reunião com o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas em Tel Aviv.
Yair Lapid, fundador do partido Yesh Atid, também criticou o fracasso israelense no resgate dos reféns. O líder de oposição acusou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de só se importar consigo mesmo.
"O que importa para ele é saber que chegar a um acordo pode levar ao desmantelamento de seu governo, e tudo o que ele se importa é permanecer no poder. Netanyahu não tem alma, esse é o nosso problema. Temos um primeiro-ministro sem alma, é por isso que ele não está fazendo um acordo de troca de prisioneiros", acrescentou Lapid.
Netanyahu e as Forças de Defesa de Israel não tem recebido críticas apenas da oposição, mas também do próprio partido governante, Likud.